Júlia Modelo de Modelo

Como tudo tem o seu lado bom e ruim, com a vida de modelo não é diferente.

Eu sendo modelo, na carreira que escolhi pra mim, sei que muitas meninas sonham com isso pensando sempre positivo, com um ar sonhador, esperando por fama, grana e glamour, mas não é só isso.
Assim como outras profissões, nós também temos nossos ''perrengues'' para enfrentar e decidir se é isso mesmo que queremos para nós.
Como diz meu professor de passarela: " Para seguir essa carreira é necessário querer mesmo isso e estar disposto(a) a passar por muitas coisas para chegar aonde se quer".
Nós modelos temos que enfrentar saudades imensas da família, perder datas especiais comemorativas para trabalhar, o estranhamento das locomoções (seja em cidades, estados ou países diferentes), ter que conviver com apês lotados de modelos, aprender a cozinhar e a nos virarmos sozinhos. Sem contar os maus-tratos de algumas pessoas que nos contratam, além também, das medidas estabelecidas que nos fazem optar por dietas mirabolantes para ficar abaixo dos 90cm de quadril. Dos cachês que são prometidos e muitas vezes não pagos, de muitos investimentos antes de fazer sucesso e da demora para repor todo esse dinheiro depois. Tendo que nos acostumarmos com o assedio dos fãs, das pessoas indesejáveis, de quem nos imita no jeito de vestir e falar.. Também com os namoros de curta duração (devido as viagens constantes),  com os transtornos emocionais, alimentares e psíquicos (é imprescindível ter acompanhamento psicológico nessa área), entre outros sentimentos que carregamos conosco.



"Cada um sente de um jeito diferente, mas todos sentem a plena vontade de viver seus sonhos apesar de todas as coisas!" (Júlia Evelyn)